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ID: 2676

Novo membro da FLM: Igreja Luterana Agostiniana da Guatemala

16/11/2018

Culto em Comunidade da Igreja Luterana Agostiniana da Guatemala
Aprovação do ingresso de novas igrejas
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É uma igreja pequena formada por povos predominantemente indígenas, e chama-se Igreja Agostiniana Luterana da Guatemala (ILAG). Ela prioriza a educação para a paz e a justiça, porque estas são questões relevantes para muitos grupos marginalizados no país. É uma base simples, mas sólida para o ministério da igreja, diz a presidente da ILAG, Rev. Karen Castillo Echeverría.

“A educação liberta as pessoas. Nosso ministério é baseado na educação. Quando as pessoas aprendem sobre seus direitos humanos, a Bíblia, Deus e sua graça, elas mudam. As pessoas crescem, primeiro para conhecer Deus como misericordioso e não como um Deus que pune as pessoas”, explica ela.
“Nós gostamos de compartilhar as boas novas de Deus, anunciando um Deus de paz, amor e misericórdia em um país que, por tradição, tem um Deus de punição e vingança”, diz Castillo. “Mostramos que existe um Deus que está dentro de nós, não no céu, um Deus de paz e justiça.”

A maioria das 18 congregações da ILAG é composta de pessoas de etnia Kekchi e outros grupos étnicos, e ainda de pessoas que retornaram à Guatemala após a guerra civil de 36 anos. Quando a guerra terminou em 1996, a igreja luterana acompanhou os retornados a lugares designados pelo governo. Em 1998, o trabalho missionário começou em La Esmeralda Dolores e em Petén, e logo surgiram 14 comunidades.

Além das diferenças culturais e linguísticas, o desafio é o de integrar os que fugiram da guerra civil como parte do trabalho da ILAG. Por exemplo, aqueles que buscaram refúgio no México perderam em grande parte sua identidade guatemalteca e, quando voltaram para casa, não sabiam como sobreviver. “A Guatemala viveu um conflito por 36 anos antes que os acordos de paz fossem assinados. E esse foi o fim? Não, não foi. A paz precisa ser construída, ninguém nos ensinou a viver em paz”, acrescenta Castillo.

Filiação à FLM traz visibilidade

Em sua reunião de 2018, o Conselho da FLM aceitou a ILAG como um novo membro da comunhão global, ´´o que traz consigo o reconhecimento de sua condição de igreja luterana´´, recorda Castillo.

Com 3.000 membros, a ILAG é uma igreja pequena em um país de 17 milhões de habitantes, o que dificulta a sua visibilidade. “Além disso, não temos recursos e nossos membros tem educação limitada. Realizamos nosso trabalho com os povos indígenas, sobretudo com as mulheres, e isso é como cavar um buraco profundo”.

Fazer parte de algo maior reforça nossa identidade luterana, especialmente em comunidades indígenas distantes. O serviço da igreja na missão de Deus por mais de 29 anos é reconhecido e a presença da igreja adquire mais credibilidade perante o governo e o resto da sociedade - Rev. Karen Castillo Echeverría, presidente da Igreja Luterana Agostiniana da Guatemala

A igreja teve que se defender de algumas observações vindas de outras denominações que afirmavam que a igreja luterana simplesmente não existe e porque o luteranismo não é conhecido na Guatemala. A falta de reconhecimento é agravada pelo fato de a presidente da igreja ser uma mulher. Pastoras mulheres não são comuns na Guatemala.

“Agora, nossa presença é visível em uma sociedade onde pessoas indígenas, pobres, ignorantes e marginalizadas normalmente são invisíveis. Nossa reação a isso é ser gentil, não revidar, apenas mostrar amor e ser gentil.”

Forte foco na educação

A ILAG iniciou seu trabalho pastoral e social com pessoas que vivem nos subúrbios da Cidade da Guatemala. Um forte foco na educação atravessa todos os seus ministérios.

“Nós gostamos de ensinar. Através da comunicação e facilitação, as pessoas podem descobrir que podem ser alcançadas por Deus como elas são, porque são dignas ”, diz Castillo.

Em 1993, a igreja fundou uma escola primária no bairro La Isla. Três anos depois, abriu uma segunda escola em El Mirador Boca del Monte para crianças de quatro a 15 anos.

Outras áreas importantes do ministério são o desenvolvimento de lideranças, o trabalho com mulheres, a promoção da saúde primária e os trabalhadores de saúde voluntários, a escola dominical e a escola primária, o treinamento musical e o desenvolvimento de relacionamentos com sínodos e igrejas parceiras. No Centro Milagro, as jovens indígenas aprendem habilidades para garantir que possam ter geração de renda e que não precisam casar-se jovens.

Com o trabalho pastoral crescendo nas áreas rurais entre jovens indígenas e famílias jovens, a ILAG aumenta a capacidade dos indígenas Maya-Kekchi de redescobrir a fé. A igreja luterana capacitou jovens líderes, especialmente os de língua nativa maia-kekchi, através de diferentes atividades.

 


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