Compromisso com o Evangelho de Jesus Cristo
O Tema do Ano da IECLB para 2017 faz um convite: Alegres, jubilai! De fato, temos motivo para jubilar. Afinal, são 500 anos de Reforma Luterana. Esta comemoração nos convida a olharmos para o futuro a partir de um olhar para o passado. Para crescer, precisamos nos conhecer. Para isso, precisamos conhecer o nosso passado. Conhecer o passado também é reconhecer e alegrarse com os acertos, mas também perceber as falhas e as lacunas.
Foi assim que a Federação Luterana Mundial e a Igreja Católica Apostólica Romana ensaiaram a aproximação entre as duas Confissões: olhando para o passado, observando os pontos positivos de cada uma e se ocupando com os pontos conflituosos. A partir de um diálogo franco e aberto, cada uma reconheceu os seus pecados, que causavam conflitos, e, por meio do perdão mútuo, buscaram a comunhão.
Essa ação é espelho para nós, do Sínodo Noroeste Riograndense. É motivo de júbilo! Procurando conhecer quem somos, realizamos o nosso Planejamento Missionário, aprovado pela Assembleia Sinodal de 2016 e que está sendo colocado em prática em 2017. Olhando para o passado, descobrimos quem somos, percebemos os nossos acertos e erros, o que nos possibilitou olhar para o futuro e estabelecer as nossas metas para os próximos anos.
Temos muitos desafios diante de nós: na área social, econômica, política e ecológica, como, por exemplo, com as pessoas atingidas pelas construções das barragens hidroelétricas no Rio Uruguai, inseguras pela falta de informações, com os povos indígenas, que, além de sofrerem descriminação, estão perdendo cada vez mais espaço e direitos, e com os agricultores familiares, que também estão enfraquecendo e precisando do apoio da Igreja.
Percebemos a carência na formação de lideranças e pessoas leigas, a falta de conhecimento da estrutura da nossa Igreja por parte dos membros, além da escassez de voluntários para a Seara do Senhor. Há necessidade de mais motivação para uma maior participação na vida e nas atividades da Igreja.
No que se refere a uma parte essencial para a Missão de Deus, a Música, falta investimento e formação nesta área em nosso Sínodo. Muitas Comunidades anseiam por Cultos mais animados e com mais louvor. No entanto, há poucas pessoas capacitadas para organizar e coordenar um grupo de animação.
Sentimos também que precisamos investir mais na união e na colaboração de membros, lideranças, Ministros, Ministras e Comunidades, pois queremos ser Comunidades atrativas, acolhedoras e inclusivas, comprometidas com a Missão de Deus e com o Evangelho de Jesus Cristo.
O conhecimento destas lacunas oportunizou que, por meio do Planejamento Missionário do Sínodo, pudéssemos estabelecer as nossas metas e ações em quatro áreas: Formação, Comunicação, Música e Programas Sociodiaconais.
Formação: o Projeto de Formação proposto pelo Planejamento Missionário está vinculado à Educação Cristã Contínua, abrangendo a Formação Teológica, Bíblica e Litúrgica, além de Seminários para Juventude Evangélica, Culto Infantil e Missão Criança e da capacitação e qualificação das lideranças, Ministros e Ministras.
Comunicação: com a realização de oficinas e cursos, desejamos melhorar a comunicação em todos os setores do Sínodo para qualificar a retórica, dar maior qualidade ao Jornal Sinodal e aos Boletins Informativos, além de estabelecer e auxiliar equipes de comunicação nas Comunidades.
Música: reestruturamos o Conselho Sinodal da Música, que, entre outras ações, tem como objetivo valorizar e incentivar os grupos de animação já existentes e auxiliar para que novos grupos possam ser criados. O nosso sonho é investir na formação de instrumentos de sopro e na criação de mais Corais de Metais.
Programas Sociodiaconais: estabelecemos um trabalho de acompanhamento aos possíveis atingidos pelas barragens e, por meio da Pastoral da Agricultura Familiar e Direito à Terra, procuramos apoiar e auxiliar os agricultores familiares na organização de agroindústrias, cultivo de produtos orgânicos, industrialização de sucos de frutas. Com o apoio do Conselho de Missão entre Povos Indígenas (Comin), realizamos Seminários de Integração entre membros, Ministros, Ministras e indígenas para troca de conhecimentos e experiências, além da inclusão dos povos indígenas em diversas atividades do Sínodo.
P. Vilson Emilio Thielke | Pastor Sinodal do Sínodo Noroeste Riograndense