Ministério com Ordenação



ID: 2681

Vida Religiosa Consagrada no Protestantismo Brasileiro

Artigo

01/12/1985

I — Introdução

Com a Reforma do século XVI surge, no seio do protestantismo, uma grande crise para aquilo que denominamos de vida religiosa consagrada. A experiência da justificação, feita por Lutero e que está intimamente relacionada com a mística cristocêntrica cultivada nos conventos, passou a ser vista como sendo dirigida a toda a comunidade cristã. Como o próprio Lutero derivasse sua eclesiologia do cristianismo primitivo, não conseguiu mais ver na vida conventual consagrada um valor específico. A partir daí é compreensível que, nos territórios protestantes, a doutrina da justificação por graça e fé somente levasse à eliminação dos conventos No escrito De votis monasticis (1521), Lutero declarou nulos os votos monásticos por serem, em sua opinião, contrários a Romanos 14.23.

Outro foi o posicionamento de Lutero frente às fraternidades. É conhecido seu apreço em relação aos Irmãos da Vida Comum: Se tudo estivesse tão bem como nas casas de irmãos, a Igreja já seria muito bem-aventurada nessa vida. Mesmo assim, Lutero não foi levado a incentivar a criação de fraternidades ou irmandades. Foram somente os tempos modernos com suas profundas transformações sociais que levaram ao surgimento de muitas comunidades semelhantes às ordens religiosas católico-romanas. Desde meados do século XIX, a Inglaterra anglicana experimentou um reavivamento da vida religiosa com o surgimento de inúmeros mosteiros masculinos e femininos. Posteriormente, a Alemanha protestante vai vivenciar o surgimento das Ordens de Diaconisas. No século XX surgirão na Alemanha e na Escandinávia, aqui principalmente devido ao empenho de Nathan Soderblom, o pai do movimento ecumênico, diversas ordens (Ordem de Birgita, Ordo Crucis, Oratório Teológico, Irmandade de Ansgar). Mas foi principalmente a catástrofe da II Guerra Mundial que levou ao surgimento de ordens nas quais foram assumidos os Conselhos Evangélicos da Igreja Antiga. A caracterização desse movimento com a designação de ordens evangélicas ou de ordens protestantes é dúbia, pois não aspiram nem à vida monacal nem à vida conventual. O que buscam é uma nova forma de apostolado em um mundo dominado pela técnica da máquina e do trabalho em indústrias. Esse aspecto faz com que se aproximem mais dos institutos seculares da Igreja Católica Romana ou de seus Irmãozinhos de Jesus. Na França e na Suíça adotam a designação Communauté, na Inglaterra e no mundo de fala inglesa denominam-se de Community. A mais importante dessas comunidades é a Communauté de Taizé-les-Cluny, na Burgúndia, fundada em 1947 por seu atual Prior, Roger Schutz. Nos Alpes italianos encontramos a Communitá Di Ágape, proviniente de tradição valdense. Na Alemanha, na localidade de Darmstadt, surgiu a Irmandade de Maria, que tem como objetivo expiar ativamente os horrores praticados pelos alemães em relação ao povo de Israel.

No seio do protestantismo brasileiro, encontramos diversas irmandades femininas, tais como as Diaconisas Luteranas, ligadas à Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil, as Irmãs de Marburgo, ligadas à Igreja do Cristianismo Decidido, as Diaconisas Metodistas, ligadas à Igreja Metodista do Brasil, e a Irmandade de Maria, ramo brasileiro da Casa Matriz de Darmstadt. Dentre as fraternidades masculinas só nos é conhecida a existência da Comunidade de Taizé, em Alagoinhas/ BA. No presente ensaio limitar-nos-emos a apresentar as Diaconisas Luteranas.

II - A obra de Theodor e Friederike Fliedner

Em 1822, o jovem pastor evangélico Theodor Fliedner tornou-se pastor em Kaiserwerth Alemanha, onde se viu confrontado com a miséria na qual seus paroquianos estavam envolvidos. A pequena diáspora evangélica sofria as consequências da falência da fábrica de produtos têxteis da localidade. A congregação não tinha as condições necessárias para manter o pastor e mesmo os superiores deste pensavam em designá-lo para outra localidade. Fliedner resolve, então, não abandonar seu povo e buscar em outra parte as condições necessárias para a manutenção do pastorado. Viaja pela Renânia, pela Holanda e Inglaterra, coletando recursos para seu trabalho em Kaiserswerth. Nessa viagem, Fliedner vai receber impulsos decisivos para uma reforma da vida da Igreja, do sistema escolar, do atendimento à mendicância e do sistema penitenciário. Na Holanda entra em contato com ordens religiosas femininas da Igreja Católica Romana e fica conhecendo entre os menonitas a atividade de diaconisas. Na Inglaterra, vai conhecer a atividade da quacre Elisabeth Fry.

Elisabeth Fry, mãe de 11 crianças, visitara, em 1813, o presídio feminino de Newgate, desenvolvendo, desde então, uma tenaz luta em prol da mulher presidiária. Este mesmo presídio feminino foi visitado por Fliedner em maio de 1824. Vendo os resultados da atividade de Elisabeth Fry, chega à convicção de que a piedade feminina possui enormes poderes para a edificação do Reino de Deus, desde que receba espaço livre para desenvolvê-los. Voltando a Kaiserswerth, visita o presídio feminino de Düsseldorf, onde prega, pela primeira vez, em outubro de 1825. Cria, então, uma associação que vai se ocupar com a pastoral penitenciária. Não pára aí. Sai em busca de colaboradoras femininas, semelhantes a Elisabeth Fry. Encontra a primeira colaboradora na pessoa de Friederike Münster, cuja família, no entanto, se volta contra a ideia: é impossível que a mulher solteira, proveniente de meios burgueses, se dedique a miseráveis. Fliedner casa-se com Friederike, tirando, assim, as preocupações da família: agora não há mais problemas, pois será a mulher casada, a esposa do pastor, que se dedicará aos abandonados. Nesse matrimónio vai ser discutida a renovação do ministério apostólico das diaconisas. Nessas reflexões são importantes os impulsos que vêm da obra de Vicente de Paula. Em 1832, Fliedner viaja novamente para a Inglaterra. Nessa oportunidade, Elisabeth Fry lhe sugere a criação de um asilo para a mulher ex-presidiária, marginalizada e desprezada pela sociedade e que não tem outro caminho senão o da prostituição. Friederike Fliedner é a primeira a acolher a ideia e a concretizá-la, recebendo em sua casa a primeira ex-presidiária. Convence sua amiga Catharina Goebel a auxiliá-la no novo serviço que se descortina, ainda que sob os veementes protestos da família de Catharina. Logo depois mais uma amiga viria a fazer parte do círculo, Henriette Frickenhaus, que se tornaria professora de crianças carentes e abandonadas, no pátio da casa dos Friedner. Em breve, o casal Fliedner vai iniciar mais um campo de atividades para a diaconia feminina. Pensam que a diaconia feminina não deve se concentrar apenas em pastoral penitenciária e em asilos para ex-presidiárias. Em 1833, Theodor Fliedner vai afirmar que também os hospitais, os doentes e os orfanatos necessitam de diaconisas. Funda, então, a 13 de outubro de 1836 o primeiro Hospital de Diaconisas, que tem a finalidade de formar enfermeiras evangélicas. Sete dias mais tarde, a 20 de outubro de 1836, Gertrud Reichert ingressa na instituição, devendo ser considerada a primeira diaconisa evangélica (Em 1986 é comemorado o jubileu dos 150 anos de fundação. Red.). A instituição vai passar à história com o nome de Casa Matriz de Diaconisas de Kaiserswerth. Esta Casa Matriz vai ser a célula, a partir da qual vão surgir ramificações em todo o mundo. Em 1861 existem 27 Casas Matrizes de Diaconisas, contando com mais de 300 irmãs, espalhadas pela Alemanha, Egito, Estados Unidos, Turquia, Romênia, Itália, Líbano e Jerusalém. Na ordem básica da associação criada por Fliedner encontramos as palavras que definem os objetivos dessa ordem feminina protestante: O objetivo da associação é o de proporcionar auxílio à porção necessitada e sofredora da sociedade burguesa especialmente aos pobres doentes, através de enfermeiras evangélicas, as quais exercem entre eles o ministério diaconal no sentido apostólico, tanto em hospitais quanto nas moradias dos mesmos. As diaconisas vão procurar servir (diakonein) em três sentidos: serão servas do Senhor Jesus, servas dos pobres, dos doentes e das crianças por amor a Jesus, e servas de umas para com as outras. Nesse último sentido elas vão ser denominadas de irmãs (“Schwester”). A esposa de Fliedner, Friederike, torna-se a primeira superiora da Casa Matriz de Diaconisas de Kaiserswerth.

Um aspecto sem dúvida interessante e importante de ser observado, é o “hábito” das diaconisas. Fliedner e sua esposa não criam um hábito especial para as diaconisas, mas dão a elas a veste tradicional da mulher burguesa. Pela primeira vez mulheres solteiras passam a usar veste de mulher casada! A diaconisa solteira, que se compromete aos três conselhos evangélicos da pobreza, da castidade e da obediência (se bem que não no sentido do voto perpétuo), recebe a touca da mulher burguesa casada. Com esta proteção externa ela vai realizar sua atividade diaconal. Nesse sentido, o hábito da diaconisa é também o protesto contra uma situação social que discrimina a mulher que opta por uma vida fora do matrimônio e que fora dele encontra sua vocação. Mesmo que o orientador teológico das Casas Matrizes sempre tenha sido um homem, um pastor, a instituição do diaconato feminino no seio das igrejas protestantes de tradição luterana foi um importante passo no sentido da emancipação feminina no seio do protestantismo.

III—A Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas

Antes de falarmos da atividade das diaconisas evangélicas no Brasil, é necessário que mencionemos o surgimento de uma outra organização feminina, sem a qual é praticamente impossível falar da obra das diaconisas evangélicas no Brasil. Trata-se da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas.

Em 1899, criou-se na Alemanha, no seio das igrejas evangélicas, uma associação que recebeu o nome de Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas na Alemanha. Sua finalidade era a de reunir mulheres evangélicas e de prepará-las, através da leitura da Bíblia, da discussão de questões pertinentes ao lar e à função pública da mulher, para sua atividade na Igreja e, conseqüentemente, no mundo, no qual esta Igreja está inserida. Por ocasião da convenção anual da Ordem Auxiliadora de Senhoras, realizada a 15 de junho de 1908, na presença da Imperatriz alemã, Augusta Vitória, a conselho do Superintendente Geral da Igreja Evangélica na Westfália, P. Wilhelm Zöllner, foi sugerida a criação de uma Ordem Auxiliadora de Senhoras para o Exterior. A concretização deste plano deu-se a 27 de outubro de 1908, em Berlim. Na palestra, proferida por ocasião da convenção de junho de 1908, Zöllner expôs as razões de sua sugestão. Segundo ele, seria urgente levar as bênçãos do ministério da diaconia para os alemães e descendentes de ale-mães no exterior. Longe da pátria de origem, estariam entregues às forças desagregadoras. Por isso, a diaconia feminina deveria prestar auxílio em todas as áreas que possibilitassem a preservação da vida em família. Zöllner conta como constantemente recebe cartas da América do Sul, de pastores que solicitam irmãs para os trabalhos nas comunidades evangélicas. Pensa Zöllner que não seria viável enviar uma ou outra irmã, mas que deveria ser criada uma organização que estivesse por trás destas irmãs. É por isso que sugere a criação de uma Casa Matriz de Diaconisas para o Exterior. Esta Casa Matriz recrutaria irmãs na Alemanha e, posteriormente, nos campos de trabalho da América do Sul. Estas irmãs não seriam aproveitadas em campos de trabalho na Europa, mas exclusivamente na América do Sul. A Casa Matriz deve ocupar-se com a diaconia da enfermagem, a diaconia do ensino, a diaconia da educação, a diaconia da economia doméstica; deve ocupar-se dos caídos, dos perdidos, para reerguê-los. Quando da criação da Ordem Auxiliadora de Senhoras para o Exterior, a 27 de outubro de 1908, Zöllner ainda acentuará um outro aspecto, sem o qual a atividade da diaconisa de tempo integral não poderá vingar: trata-se da diaconia de tempo parcial. Esta diaconia de tempo parcial é a diaconia realizada pelas senhoras, membros da congregação local, em relação a outros membros.

Na Alemanha de 1908 surgem, pois, dois objetivos a serem alcançados em relação às comunidades evangélicas na América do Sul: criar uma diaconia feminina de tempo integral e, ao lado desta, a diaconia de Ordens Auxiliadoras de Senhoras Evangélicas.

O primeiro dos objetivos é alcançado ainda em 1908 com a criação da Casa Matriz de Diaconisas de Münster, na Westfália, transferida, posteriormente, para Wittenberg, na Saxônia. Interessante é que todas as irmãs que vão ser formadas em Münster e em Wittenberg recebem a formação de parteiras. Esta formação se deve à grande miséria na qual vive a mulher na América do Sul: tem seus filhos sem assistência médica, morrendo, muitas delas, em consequência da falta de assistência médica.

O segundo dos objetivos vai ser alcançado em 1910, quando o próprio Zöllner vem ao Brasil para resolver questões internas do Sínodo Riograndense, uma das quatro igrejas regionais luteranas então existentes no país e que em 1949 vai se integrar na Igreja Evangélica de Confissão Luterana de Confissão Luterana no Brasil. Zöllner viaja pelas congregações luteranas e prega a criação de Ordens Auxiliadoras de Senhoras Evangélicas (OASE). Sua atividade teve êxito, pois, em 1985, as OASES congregavam mais de 70.000 mulheres, sendo talvez a maior organização feminina da América Latina. E verdade que já antes de 1910 há grupos de senhoras evangélicas em algumas poucas congregações luteranas. A visita de Zöllner e seu estímulo, no entanto, parecem ter sido decisivos para o desenvolvimento da O ASE no Brasil.

Prevendo o que iria acontecer 28 anos mais tarde, Zöllner, adquiriu, ainda em 1910, uma área de terras em São Leopoldo, onde mais tarde deveria ser instalada uma Casa Matriz de Diaconisas brasileira.

IV - O Trabalho das diaconisas no Brasil

No ano de 1913, a Casa Matriz de Diaconisas para o Exterior enviava o primeiro grupo de irmãs para a América do Sul. Destinavam-se elas ao Brasil, Argentina e ao Chile. No Brasil, as duas primeiras irmãs iniciaram suas atividades em Blumenau. No ano seguinte, também Porto Alegre receberia suas irmãs. Exerceriam elas suas atividades, visitando parturientes em seus lares, tendo que se embrenhar muitas vezes na mata virgem. Outras dedicar-se-iam à criança em idade pré-escolar, dirigindo jardins de infância Algumas criaram grupos de escola dominical para crianças. Quando se escrever a história da educação no Brasil, certamente ter-se-á que perguntar, se não foram estas irmãs as primeiras professoras de jardim de infância no país. Mais outras assumiriam atividade educadora em escolas. Posteriormente ainda veremos irmãs trabalhando em hospitais construídos e mantidos pelas Ordens Auxiliadoras de Senhoras Evangélicas brasileiras. Em 1932 já são contadas mais de 80 irmãs em diversos campos de trabalho. Entre eles são contadas as localidades de Agudo Porto Alegre, Sinimbu, Montenegro, Hamburgo Velho, Santa Cruz do Sul, Blumenau, Garcia, Timbó e Rio de Janeiro. Interessante é observar que todos estes campos de trabalho não são das irmãs. O voto de pobreza faz com que a irmandade somente possua a sua Casa Matriz, seu lar, sua casa-mãe. Os campos de trabalho são de comunidades evangélicas.

Em 1938, por ocasião do Congresso da Ordem Auxiliadora de Senhoras Evangélicas, realizado em Santa Cruz do Sul/ RS, seria tomada a decisão de criar uma Casa Matriz de Diaconisas em São Leopoldo. Esta Casa Matriz deveria formar irmãs brasileiras que atuariam em comunidades brasileiras. A decisão foi bem aceita no seio das OASES brasileiras, mas provocaria reações contrárias na Alemanha, onde sopraram novos ventos desde 1933. Contrariando as vozes que vinham da Alemanha, e apoiadas pelo Presidente do Sínodo Riograndense, P. Hermann Dohms, OASE e irmãs adquirem em São Leopoldo Chácara Scherer, na qual se encontrava localizada a sede da Sociedade de Atiradores de São Leopoldo. Reformada a casa dos atiradores, transformou-se ela na Casa Matriz de Diaconisas de São Leopoldo. As atividades desta Casa teriam inicio a 17 de maio de 1939, quando nela ingressaram duas candidatas brasileiras, tendo uma irmã de Wittenberg como superiora. Nela, as irmãs permaneceriam até 1954. Em 1956 foi inaugurada nova Casa, junto à qual foi instalado um ancionato, no Morro do Espelho, em São Leopoldo.

Em 1946, em consequência da II Guerra Mundial, foi dissolvida a Casa Matriz de Diaconisas, localizada em Wittenberg e que por longos anos enviara suas irmãs ao Brasil. As irmãs que ainda se encontravam em Wittenberg, foram convidadas a se reunir à congregação de Kaiserswerth, a célula-mãe das ordens de diaconisas. Assim, desde 1948, encontramos nos campos de trabalho do Brasil, irmãs provenientes de Wittenberg e de Kaiserswerth, trabalhando ao lado das irmãs brasileiras oriundas da Casa Matriz de Diaconisas de São Leopoldo.

A diminuição das vocações para a vida religiosa consagrada que se faz sentir no protestantismo alemão da década de 1960, motivada em grande parte pelo acesso ao pastorado para as mulheres, fez com que desde 1965 não mais viessem irmãs de Kaiserswerth ao Brasil. Consequência lógica deste fato foi também a transferência da liderança de toda a obra diaconal para lideranças brasileiras, o que veio a ocorrer em 1967. Considerável percentual das irmãs, nascidas na Alemanha, regressou a seu país de origem.

A passagem da liderança para irmãs brasileiras não deixou de ter consequências para o trabalho desenvolvido pelas irmãs. Até 1967 um percentual bastante elevado de irmãs estava envolvido com atividades em hospitais. A partir deste ano começam a se descortinar novas possibilidades de ação, aumentando consideravelmente a atuação na diaconia comunitária. O trabalho com crianças em áreas de maior pobreza vai merecer destaque, sendo campos iniciais desta atividade Ceilândia junto a Brasília, e Alvorada, na área da Grande Porto Alegre. Também nas novas áreas de colonização de Rondônia, as irmãs vão se fazer presentes.

No ano de 1972 as irmãs descobrem mais um campo de atuação. Começam a se descortinar novos campos de trabalho, pois é incessante o número de pedidos por irmãs que auxiliem as comunidades luteranas na área da ação social da Igreja. A irmandade cria em 1974, o Seminário Bíblico Diaconal que oferece a jovens de sexo feminino a possibilidade de instrução a nível de segundo grau, sólidos conhecimentos bíblicos e a formação como assistentes comunitárias. Após a conclusão de seu curso, as assistentes comunitárias assumem tarefas específicas em congregações luteranas.

A vida diária das irmãs está baseada na meditação e na devoção, nas quais o binômio Palavra e Sacramento, característico da espiritualidade luterana, se faz presente. Nas orações, a cada dia, são feitas intercessões pelos campos de trabalho das demais irmãs, companheiras do ministério diaconal. Anualmente, todas as irmãs se encontram em grupos de retiro nos quais, além da busca da comunhão contínua, são estudadas e analisadas as atividades desenvolvidas nos campos de trabalho. Nas casas e nos campos de trabalho, a música é companheira constante das irmãs. A orientação teológica está a cargo do pastor de diaconisas, eleito pelas próprias irmãs e que tem a seu encargo a tarefa de visitar as irmãs em seus campos de trabalho. A Casa Matriz de Diaconisas é dirigida por uma Irmã Superiora e pelo Pastor Orientador. Atualmente são 79 irmãs diaconisas e 41 as obreiras ativas como assistentes comunitárias.

* O presente trabalho não pretende ser um estudo científico exaustivo da temática abordada, mas apresentar um primeiro aparte para um estudo maior. Seu autor agradece especialmente às irmãs Magda Maier e Gisela Beulke pelas informações fornecidas e que possibilitaram, praticamente, a redação a seis mãos do presente artigo.

Martin Dreher
Fonte: Anuário Evangélico 1986 – p. 51-57
 


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