Billy Graham (1918- )

O hmem que pregava para milhões

01/03/2010

Perto da cidade de Charlotte, no estado de North Carolina, no sudeste dos Estados Unidos, o casal Graham cuidava das suas terras com gado leiteiro. Ele era descendente de escoceses. Trabalhando com empregados, ele conseguiu manter tudo em ordem: a casa, o gado e o que mais tinha na fazenda. Ela era modelo de uma dona de casa, além de ser a secretária executiva do marido. Os seus pais orientavam-se pela Bíblia e ela, mesmo que não se falava muito sobre assuntos da vida cristã, levava a família, nos domingos, para o culto da Igreja Reformada. A família era constituída pelo casal com os quatro filhos – dois meninos e duas meninas – e uns poucos empregados.

O filho mais velho chamava-se Billy Frank Graham. Ele era loiro, de estatura alta, e gostava muito da vida no campo. No colégio, ele se destacava nas aulas de História e no Baseball.

Aos quinze anos, ele vivenciou uma mudança na vida dos pais. A mãe de Billy, através de um curso de estudo bíblico, falava de assuntos da Bíblia e de um “nascer de novo”. O pai, neste mesmo tempo, teve um acidente que o deixou à beira da morte. A partir de sua cura, que o pai atribuiu a Deus, os Graham começaram fazer devoções diárias. Billy não queria saber muito das leituras bíblicas. Como adolescente, preferia correr com o carro da família nas estradas, vestir roupas boas e namorar com as moças do colégio. Felizmente, tinha amigos bons e honestos, e havia um clima de confiança entre ele e os pais. Além disso, o trabalho que tinha que fazer de manhã e de noite, tirando o leite das vacas e ajudando em outros serviços, contribuíram para que Billy ficasse num caminho bom.

Em setembro do ano de 1934, foi realizada uma evangelização na cidade de Charlotte. Billy não quis participar. Um vizinho dos Graham, que ia para assistir, convidou Billy para dirigir o seu carro, e Billy participou. Naquela noite, ele entendeu que, para Deus, a sua vida devia mudar. Ele lutou um bom tempo até aceitar Jesus como seu Salvador e guia. Quando isso aconteceu, ele sentiu que houve uma mudança grande na sua vida. Alguém andava com ele. Ele agora entendia, a partir da entrega, o que é o “nascer do novo”.

A partir da evangelização, nasceu, na sua escola, um grupo cristão.

Terminado o colégio, Billy ficou por alguns meses num internato cristão de disciplina muito rígida. Ficou com problemas de saúde, e seus pais o mandaram para o sul, para uma pequena escola bíblica na Flórida. Ele mesmo, mais tarde, considerava os três anos e meio nesta escola anos muito bons. Nas redondezas da Escola Bíblica, Billy começou a fazer pregações. Como ele era muito tímido para falar para outros, ensaiava em lugares, onde ninguém o ouvia.

Billy não aprendeu só nas escolas. Ela era bom observador e aprendeu muitas lições pelo que viu, por exemplo: o fato de dois homens cristãos, por ele antes admirados, levar uma vida imoral, o deixou tomar o propósito de se esforçar para não seguir estes exemplos.

Palestras de Pastores visitantes, em encontros de lideranças na Escola Bíblica, mencionavam seguidamente que a vida cristã na América era muito preocupante. Faltavam pregadores que levassem o Evangelho para os americanos. Este fato mexeu com Billy que então, sempre de novo, pedia a Deus que lhe mostrasse se ele lhe poderia servir como pregador.

A partir de 1938, Billy Graham sentiu muita vontade de pregar o Evangelho. Outros notavam o seu interesse, e ele ganhou uma bolsa no Wheaton College, perto de Chicago. Uma colega com o nome de Ruth, filha de um missionário que trabalhava na China, ficou a sua noiva.

Quando terminou o Curso, em 1943, Billy Graham foi contratado para ser pregador na Comunidade de Western Springs, perto de Chicago. Com o seu salário, ele tinha condições de estabelecer uma família e casou, no mesmo ano, com Ruth que transformou-se em esposa e companheira de trabalho insubstituível. Ela era metodista, e a Igreja, atendida por Billy, era dos batistas. Após consultar a Bíblia e realizar reuniões com os presbíteros, a decisão de Ruth para não repetir o batismo nas águas, como era costume naquela Igreja, foi aceita.

Os ouvintes das pregações de Billy notavam que ele realmente “pregava a Palavra”. Mas ele não só pregava. Ele, conforme as necessidades, agia. Começou a visitar membros afastados. Em reuniões-almoço, também conseguiu alcançar homens de negócio, médicos, administradores, advogados etc. A Comunidade começou a crescer.

Colegas de Billy, fazendo evangelizações, convidaram-no para fazer pregações, muitas vezes, em encontros organizados pela “Juventude para Cristo”. A partir deste tempo, Billy, cada vez mais, pregava e evangelizava em outros lugares. Primeiramente, nos Estados Unidos e, a partir de 1946, em outros continentes. O número dos ouvintes, nesse começo, já era, às vezes, significativo. Por exemplo, na despedida da equipe da “Juventude para Cristo”, em Chicago, Billy falou para dezesseis mil pessoas.

Billy não ficou com orgulho. Ele sabia que era só a “ponta do iceberg”, visto por muitos, mas que centenas e, muitas vezes, milhares, oravam e trabalhavam, sem serem vistos. Além disso, tinha consciência de que lhe faltava muito estudo e, sempre de novo, ele achava que não ia ser capaz de cumprir sua tarefa. A oração era de maior importância para ele, dando-lhe coragem para continuar, mesmo quando se sentia fraco. O que lhe ajudava muito era o seu humor.

Aos poucos, ele, com as suas equipes, notava o que devia ser mais enfatizado nas evangelizações. Três aspectos muito importantes eram:
a) a presença de pessoas crentes para conversar e orar, individualmente, com aqueles que, a partir da mensagem, tomavam a decisão de entregar sua vida a Jesus;
b) o “trabalho posterior” das Igrejas de diversas denominações, que já atuavam no lugar da realização dos programas. Billy Graham não queria criar uma nova Igreja. “Já existem denominações demais!” dizia.
c) Toda atividade nos programas, que não era diretamente evangelística, não podia “roubar” tempo dedicado à mensagem principal. No começo da atuação de Billy, grupos musicais (bons!) apresentavam programas longos.

A partir de 1950, quando iniciou a “Hora da Decisão”, um programa semanal, emitido por cento e cinqüenta estações de rádio, Billy Graham falava, para multidões, em trinta campanhas, nos mais diversos lugares do mundo, chamando as pessoas para um “nascer de novo”. As campanhas, normalmente, foram transmitidas pela televisão.

Em 14 de setembro de 2001, Billy Graham falou no culto realizado por motivo do atentado do 11 de setembro, em New York.

A doença do Mal de Parkinson fez com que ele deixasse a obra missionária nas mãos do seu filho.


Autor(a): Isolde Mohr Frank
Âmbito: IECLB
Título da publicação: Da nuvem de testemunhas / Ano: 2007
Natureza do Texto: Artigo
ID: 11564
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